Comunidade Filhos de Maria Formação Pilares da Quaresma (3/4)

Pilares da Quaresma (3/4)


(Texto e locução por Érika Teles)

O jejum é uma prática espiritual que tem por objetivo mortificar a carne, os desejos e as emoções de forma que não sejamos guiados por elas, mas sim, conduzidos pelo Espirito e assim nos aproximemos de Deus, O amemos mais e permitamos que a graça Dele aja em nós, que nos convertamos.
A quaresma é o tempo propício para vivenciarmos essa prática. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, devem ser observados o jejum e a abstinência. (Código de Direito Canônico, cânon 1250).


O jejum mais comum é a abstinência alimentar, de carnes vermelhas e outros. Porém, existem outras formas de se exercitar essa prática, como o jejum de redes sociais, de filmes, de palavras negativas, dentre outras. O mais importante é buscar vencer os desejos carnais desordenados e uma maior proximidade com Deus, uma verdadeira mudança de vida.
E aí, como andam as suas práticas, você está preparado para viver essa experiência nessa quaresma?


Que tal tentar vivenciar essa prática espiritual esse ano? Vamos lá?!

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Pilares da Quaresma: A CARIDADE
(Texto e locução por Érika Teles)


Segundo o padre Duffé, secretário do Dicastério no Vaticano: “A caridade– ágape – é o amor que vem de Deus, nos chama e nos leva a aprender de novo a amar os outros, com respeito e humildade.” A caridade também conhecida e traduzida como amor é o ato de ofertamos ao outro muito mais do que algo material, ofertamos a nós mesmos.

Um dos vícios que mais assolam o ser humano é a ganancia, o desejo pelo ter sempre mais, com a prática da caridade, vamos moldando o nosso ser na virtude da humildade, da solidariedade, da partilha. Oferecemos ao outro, ao nosso irmão aquilo que queríamos e estimávamos tanto, vamos aos poucos nos desapegando das coisas matérias, das pessoas e vamos buscando aquilo que é essencial, a intimidade com Deus, a vida com Ele e Nele.


A caridade é um ato concreto, é a prática do amor, é o acolher a realidade de que não somos os senhores de tudo, que o que dá realmente sentido à vida é o amor testemunhado na partilha de bens, de vida. A partilha do dom do amor. Isso é caridade.


E aí, você topa doar de si nessa quaresma?

Mês da Palavra 2022Mês da Palavra 2022

Setembro é o mês da Bíblia.

Para nós Cristãos Católicos, é um mês especialmente dedicado à reflexão e meditação da Palavra de Deus. Sobretudo, é um mês propício para nos deixarmos tocar pela singular necessidade de adquirirmos o hábito de ler e meditar as Sagradas Escrituras. E a medida em que meditarmos, encarná-la em nossa vivência diária.

A Constituição Dogmática Dei Verbum, nos ensina acerca da natureza e objeto da revelação Divina contida nas Sagradas Escrituras, e assim podemos compreender que por meio delas o Pai quis se revelar a nós, quis nos dar a conhecer a Sua vontade. 

O mês de setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil para ser o mês da Bíblia, essa escolha se deu em razão da memória de São Jerônimo que é celebrada no dia 30 de setembro. São Jerônimo foi encarregado por traduzir a Sagrada Escritura para o latim.

Ao vivenciarmos este mês, somos convidados a aprofundar nosso conhecimento em relação a vontade do Pai e à centralidade de nossa fé que é Jesus Cristo.

Em Jesus, temos acesso ao Pai, Nele contemplamos o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele é o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Em Cristo nos reaproximamos de Deus e temos a oportunidade de restabelecer nossa aliança com o Pai. As Sagradas Escrituras sempre apontam para Jesus que é a nossa vida, que é a nossa paz.

Neste ano a CNBB sugere para leitura e aprofundamento a meditação do livro de Josué, com o lema: O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (JS 1,9). Essa proposta tem por finalidade aproximar o leitor da jornada de Josué rumo a terra prometida.

Que possamos vivenciar este mês com dedicação e empenho buscando abraçar mais essa oportunidade de conhecimento e aprofundamento nas Sagradas Escrituras.

Quer saber mais sobre o mês da Bíblia deste ano? Confira mais detalhes neste link da CNBB.

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Lucidez ou Loucura?Lucidez ou Loucura?

Como médico de atuação em Clínica Médica e em Medicina Paliativa há alguns anos, vivo todos os dias do meu trabalho buscando salvar vidas e a dignidade dessas vidas constantemente ameaçadas; seja na urgência e emergência, na enfermaria e unidade intensiva, em domicílios e consultórios. Nem sempre há bons resultados, enquanto é crescente o número de pessoas humanas a serem cuidadas em seus diversos tipos de sofrimentos nesses contextos. 

O que plenifica minha atuação na vida, e no trabalho não seria diferente, é o fato de ser cristão católico e leigo consagrado a um carisma: Filhos de Maria. E posso traduzir especificamente isso como uma convocação ininterrupta a ser manifestação do amor misericordioso do Pai, canal para o alívio de sofrimentos humanos e instrumento no auxílio  às pessoas a encontrar um sentido em suas vidas. De maneira especial O Sentido: Cristo. Isso é um presente, mesmo que desafiador! Ainda mais na atualidade, tempo tão cheio de necessitados desses pontos e tão carente de pessoas dispostas a esse tipo de entrega.

 A opção de assumir isso em minha vida e tocar em tantas realidades desorientadas, sofridas e muitas vezes miseráveis chega a muitos como uma postura de lucidez, já a outros, de loucura. Atitude lúcida e iluminadora porque é de quem vê a realidade, de quem sabe que todo ser humano, a começar  de mim mesmo, em algum momento  necessita dessas experiências de misericórdia, de consolo e de sentido. Já atitude louca e constrangedora por ser uma escolha de estar constantemente diante do desagradável, do angustiante, do que pode inclusive perturbar o juízo: as várias faces da dor humana. 

Tudo isso na verdade é uma missão. Não é puramente uma escolha pessoal. Se assim fosse, acredito que seria “pouco”. Na verdade é uma resposta a Deus, à vida, à humanidade. E somente por isso é possível. Cada vez mais meu trabalho deve misturar muita técnica, muita humanidade e muito carisma. E porque não muita coragem e loucura? E tem de ser assim. Ninguém merece menos do que isso!

“Nascemos aos pés da cruz para anunciar ao mundo o amor que o levou à loucura.”  (Érika Vilela)

 

Diego Ramos, missionário consagrado da Com. Filhos de Maria e médico paliativista