Transfigurados em Ti


No domingo, 6 de agosto, celebramos a festa da transfiguração. Nossa fundadora, Érika Vilela, nos convida a meditarmos sobre esta festa no nosso carisma. Confira a seguir:

A Igreja se enche de alegria ao celebrar a Festa da Transfiguração do Senhor. É mister, neste ano festivo, revisitarmos esse Evangelho através do Carisma Filhos de Maria e ressaltarmos alguns caracteres essenciais desta sublime Vocação: a oração, a revelação, a missão. Jesus é o homem que ora: na escuridão da noite, ele ora; está sempre a subir ao monte para se encontrar com o Pai.

No encontro com o Pai, Ele revela sua identidade. Coberto pela nuvem, Suas vestes se tornam brancas. Por isso, ao nos consagrarmos, vestimo-nos de branco (Ap 7, 9-16), revelando nossa real identidade, já manifestando a glória que virá. Nesse momento, há uma ação trinitária. O Pai que revela o Filho, o Filho que O escuta, o Espírito que como nuvem O encobre. Há tanta beleza e esplendor nesse momento que somos tentados a permanecer no alto do monte. Mas o caminho de nossa Vocação é o do Cristo. É de descida, desce a montanha para ir ao encontro do homem ferido e do homem que O vai ferir.

Como descreveu Santo Agostinho: “Desce, Pedro, Tu desejavas descansar no monte (…) e eis que o próprio Senhor te diz: ‘desce para sofreres e servires neste mundo (…). A Vida desceu para ser levada à morte, o Pão desceu para suportar a fome, o Caminho desceu para se cansar caminhando, a Fonte desceu para suportar a sede e tu recusas a sofrer? (…) Anuncia a Verdade, alcançarás, então a imortalidade e com ela encontrarás a paz” (Sermão 78).

Érika Vilela, fundadora da Com. Filhos de Maria e psiquiatra.

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O que aprendemos no desertoO que aprendemos no deserto

(Texto e locução por Érika Teles)

Quando se fala em deserto logo pensamos: é um lugar quente, árido, de difícil acesso, com pouca agua, pouca comida, um lugar com muitas dificuldades. A sobrevivência no deserto é um tanto desafiadora.

Na vida espiritual, nós, cristãos, também passamos por períodos de deserto, onde Deus parece estar distante, longe, onde as dificuldades e desafios parecem cada vez maiores. Nos sentimos desanimados, tentados a todo tempo, na maioria das vezes, pensamos estar sozinhos. Porém, apesar de toda essa turbulência, se bem vivido o tempo de deserto pode ser bem fecundo. Deus nos coloca no deserto para aprendermos que não vivemos só de pão, que não somos capazes de viver sozinhos, mas que dependemos Dele. No deserto aprendemos a ser pobres e a depender Dele.

É no deserto que aparecem os demônios e é necessário combater os demônios para se assemelhar a Cristo, é Ele o nosso modelo de homem novo e de mulher nova. Tudo aquilo que me coloca em crise é deserto, mas esse deserto nos leva a um autoconhecimento e ao conhecimento de Deus. É um momento doloroso mas necessário. Sem a tentação só conhecemos a ilusão.

Portanto, no deserto aprendemos a ser mais de Deus, a confiar a Ele toda a nossa vida, aprendemos a viver o abandono e a confiança.

Érika Vilela, nossa fundadora, nos ensina que “Em grandes momentos de dor surgem grandes obras de amor, obras de paz.” Aprendemos que todo momento, por mais difícil e doloroso que seja, vivido diante de Deus é bonito. Se você vive um tempo de deserto aproveite para fazer desse tempo um tempo fecundo e para fortalecer a sua fé, confiando que apesar do sentimento de ausência, Ele, sempre está presente.

Quaresma e sínodo: qual a relação?Quaresma e sínodo: qual a relação?

Toda a Igreja está convocada pelo Papa Francisco a percorrer o caminho rumo ao Sínodo (outubro 2023): “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Assim, ele “convida a Igreja inteira a se interrogar sobre um tema decisivo para a sua vida e a sua missão: “O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”

A Igreja de Jesus Cristo, ao longo de sua história, concretizou muitos passos e aprendizados. Foi notadamente, no Concílio Vaticano II (1962-1965), que ela percebeu com clareza que o melhor jeito de ser e de caminhar, para bem cumprir a sua missão, é o “jeito sinodal”. Não se trata de tarefa fácil, exige muita preparação e profunda conversão de todos ao projeto de Deus.

O objetivo principal deste Sínodo é refletir sobre a missionariedade da Igreja. O que o Papa Francisco deseja é uma Igreja sinodal, ou seja, uma Igreja de comunhão e missionária que deve ser construída em unidade. Uma Igreja sinodal é uma Igreja missionária.

Todos os batizados são chamados a dar a sua contribuição a esta reflexão.

Sinodalidade é o esforço coletivo e a busca contínua de aprendermos a “caminhar juntos” como irmãos e irmãs que somos. A Quaresma é um tempo propício para se colocar a escuta de Deus e retomar um caminho de intimidade com Ele.

E se nós aproveitássemos da Quaresma para viver essa escuta em comunhão com todo o povo de Deus?

Foi pensando nisso que a rede social de oração Hozana criou um itinerário de Quaresma para aprender a se escutar.

Durante este retiro nós iremos entender, junto com participantes do mundo inteiro (entre eles a Comunidade Aliança de Misericórdia, a Comunidade Recado e a Comunidade Filhos de Maria), o que significa este caminho sinodal e como nós podemos vivenciar, na prática, a comunhão, participação e missão sugeridas pelo Papa Francisco.

Clique aqui para se inscrever e venha viver esse momento de comunhão, participação e missão conosco!

Aos aventureiros da Santidade RadicalAos aventureiros da Santidade Radical

Existe uma aventura esperando a juventude despertar, existe um chamado que não quer se calar, existe um tempo novo esperando por você, jovem, que está andando meio perdido e sem direção: 

Saiba que, se você abraçar esse tempo com verdade, liberdade e responsabilidade, esse caminho será repleto de oração e alegria. Acredite, se você está aqui foi porque ouviu a voz do Mestre de Nazaré e se fascinou por Seu olhar

Papa Francisco, nos diz que “a vocação se inicia com um olhar de misericórdia, tanto por parte do Deus que chama quanto daquele que sente no coração o desejo de acolher esse chamado (…) Aquele que se permite discernir a vocação acolhe o Cristo”. Francisco garante que Jesus não faz longos discursos, não apresenta um programa cheio de regras. Ele se limita a dizer segue-me e desperta em seus escolhidos o desejo de colocar-se ao seu dispor, de permanece ao seu lado. 

Você é um desses escolhidos! É como o jovem Samuel pronto para responder: “Eis-me aqui” (cf. ISm 3,10). (Érika Vilela em  Eis-me aqui: Vou ser amor!, 2018) 

Ouvir o chamado de Deus para viver o dom de sua vida e despertar para a espiritualidade, para este mundo que já de vir é acreditar na civilização do Amor, é participar da revolução da ternura e encarnar o Cristo na vida. É participar da comunidade dos bem-aventurados que não conquistaram por si mesmos este título, mas foram lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro que os escolheu e escolheu permanecer e caminhar com eles. Quer se aventurar pela misericórdia e ser no mundo a manifestação de um amor que nunca acaba? Vem viver este chamado à santidade radical! Ser santo é ser feliz.  

“A palavra ‘feliz’ ou ‘bem-aventurado’ torna-se sinónimo de ‘santo’, porque expressa que a pessoa fiel a Deus e que vive a sua Palavra alcança, na doação de si mesma, a verdadeira felicidade.” (Papa Francisco, Gaudete et Exsultate, 64) 

Você quer ser feliz? Busque a felicidade radical, radicada e enraizada, em Cristo! Seja um Jovem STD! Radical, viva a Santidade Radical!

 

Ao escolher esta forma de vida, optaste por amar até o fim, até a loucura, até o derramamento do teu sangue, numa entrega verdadeira, oferecendo a Deus um autêntico culto espiritual, obedecendo a Sua voz que nos ensina: ‘Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como eu vos amei. (…) Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos’ (Jo 13, 35; 15, 13). (Palavra de Vida, 3 – Érika Vilela)

 

Uma vida que tem desafios e dificuldades às vezes, mas nunca uma vida vazia de sentido. Um aventureiro STD! sabe que seu caminho começa em um Amor ao extremo (Jo 13, 1). E se entrega para encarnar esse amor. Então só vem! Vem ser Juventude STD! e “se lançar nesta divina aventura de amar Jesus e torna-Lo amado entre os homens!” (Érika Vilela).