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O que aprendemos no deserto


(Texto e locução por Érika Teles)

Quando se fala em deserto logo pensamos: é um lugar quente, árido, de difícil acesso, com pouca agua, pouca comida, um lugar com muitas dificuldades. A sobrevivência no deserto é um tanto desafiadora.

Na vida espiritual, nós, cristãos, também passamos por períodos de deserto, onde Deus parece estar distante, longe, onde as dificuldades e desafios parecem cada vez maiores. Nos sentimos desanimados, tentados a todo tempo, na maioria das vezes, pensamos estar sozinhos. Porém, apesar de toda essa turbulência, se bem vivido o tempo de deserto pode ser bem fecundo. Deus nos coloca no deserto para aprendermos que não vivemos só de pão, que não somos capazes de viver sozinhos, mas que dependemos Dele. No deserto aprendemos a ser pobres e a depender Dele.

É no deserto que aparecem os demônios e é necessário combater os demônios para se assemelhar a Cristo, é Ele o nosso modelo de homem novo e de mulher nova. Tudo aquilo que me coloca em crise é deserto, mas esse deserto nos leva a um autoconhecimento e ao conhecimento de Deus. É um momento doloroso mas necessário. Sem a tentação só conhecemos a ilusão.

Portanto, no deserto aprendemos a ser mais de Deus, a confiar a Ele toda a nossa vida, aprendemos a viver o abandono e a confiança.

Érika Vilela, nossa fundadora, nos ensina que “Em grandes momentos de dor surgem grandes obras de amor, obras de paz.” Aprendemos que todo momento, por mais difícil e doloroso que seja, vivido diante de Deus é bonito. Se você vive um tempo de deserto aproveite para fazer desse tempo um tempo fecundo e para fortalecer a sua fé, confiando que apesar do sentimento de ausência, Ele, sempre está presente.

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No domingo, 6 de agosto, celebramos a festa da transfiguração. Nossa fundadora, Érika Vilela, nos convida a meditarmos sobre esta festa no nosso carisma. Confira a seguir:

A Igreja se enche de alegria ao celebrar a Festa da Transfiguração do Senhor. É mister, neste ano festivo, revisitarmos esse Evangelho através do Carisma Filhos de Maria e ressaltarmos alguns caracteres essenciais desta sublime Vocação: a oração, a revelação, a missão. Jesus é o homem que ora: na escuridão da noite, ele ora; está sempre a subir ao monte para se encontrar com o Pai.

No encontro com o Pai, Ele revela sua identidade. Coberto pela nuvem, Suas vestes se tornam brancas. Por isso, ao nos consagrarmos, vestimo-nos de branco (Ap 7, 9-16), revelando nossa real identidade, já manifestando a glória que virá. Nesse momento, há uma ação trinitária. O Pai que revela o Filho, o Filho que O escuta, o Espírito que como nuvem O encobre. Há tanta beleza e esplendor nesse momento que somos tentados a permanecer no alto do monte. Mas o caminho de nossa Vocação é o do Cristo. É de descida, desce a montanha para ir ao encontro do homem ferido e do homem que O vai ferir.

Como descreveu Santo Agostinho: “Desce, Pedro, Tu desejavas descansar no monte (…) e eis que o próprio Senhor te diz: ‘desce para sofreres e servires neste mundo (…). A Vida desceu para ser levada à morte, o Pão desceu para suportar a fome, o Caminho desceu para se cansar caminhando, a Fonte desceu para suportar a sede e tu recusas a sofrer? (…) Anuncia a Verdade, alcançarás, então a imortalidade e com ela encontrarás a paz” (Sermão 78).

Érika Vilela, fundadora da Com. Filhos de Maria e psiquiatra.

Pilares da Quaresma (3/4)Pilares da Quaresma (3/4)

(Texto e locução por Érika Teles)

O jejum é uma prática espiritual que tem por objetivo mortificar a carne, os desejos e as emoções de forma que não sejamos guiados por elas, mas sim, conduzidos pelo Espirito e assim nos aproximemos de Deus, O amemos mais e permitamos que a graça Dele aja em nós, que nos convertamos.
A quaresma é o tempo propício para vivenciarmos essa prática. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, devem ser observados o jejum e a abstinência. (Código de Direito Canônico, cânon 1250).


O jejum mais comum é a abstinência alimentar, de carnes vermelhas e outros. Porém, existem outras formas de se exercitar essa prática, como o jejum de redes sociais, de filmes, de palavras negativas, dentre outras. O mais importante é buscar vencer os desejos carnais desordenados e uma maior proximidade com Deus, uma verdadeira mudança de vida.
E aí, como andam as suas práticas, você está preparado para viver essa experiência nessa quaresma?


Que tal tentar vivenciar essa prática espiritual esse ano? Vamos lá?!